[vc_row][vc_column][vc_column_text]Se as cores das roupas que vestimos podem afetar o nosso humor, comportamento e níveis de stress, e até a forma como os outros interagem connosco, então é justo concluir que as cores a que recorremos nas apresentações não podem ser deixadas ao acaso. O que sentimos perante o amarelo? E o vermelho? Azul? Verde? Muitas coisas…
Neste artigo do “Psychology Today”, que relaciona persuasão e a psicologia das cores, podemos ler que o tema é tão interessante quanto controverso. “Tem havido inúmeras tentativas de classificar as respostas dos consumidores a diferentes cores individuais. A verdade é que a cor depende demasiado de experiências pessoais para ser universalmente traduzida em sentimentos específicos. Mas existem padrões de mensagens mais amplos que podem ser encontrados nas perceções das cores. Por exemplo, as cores desempenham um papel bastante significativo nas compras e na marca”, pode ler-se.[/vc_column_text][tm_spacer size=”lg:20″][vc_column_text]Há vários estudos que confirmam a relação entre a cor da marca e produto e a perceção do consumidor. O estudo “Exciting Red and Competent Blue”, por exemplo, confirma que a intenção de compra é muito afetada pelas cores devido ao impacto que elas têm na forma como a marca é olhada. Ou seja, significa isso que as cores influenciam a forma como os consumidores veem a “personalidade” da marca em questão ou daquela mensagem em questão, anúncio ou campanha. Mais: há mais estudos a demonstrar que os nossos cérebros preferem marcas reconhecíveis, o que torna as cores extremamente importantes para criar uma identidade para a marca. Usar as cores no logotipo é chave para a diferenciação, conclui-se também.
Neste artigo da “Science for People”, a especialista em cor Leatrice Eiseman diz que não há respostas mágicas mas que, sim senhor, existem generalizações que podem ser obtidas depois de décadas de investigação sobre como as pessoas veem as cores ou como se sentem em relação às mesmas, isto sabendo que a personalidade de cada um pode alterar o olhar ou perceção.
Mas mergulhemos nas cores, a que se estão associadas afinal? Azul: lealdade, verdade, sabedoria, estabilidade e tranquilidade. No mesmo artigo da “Science for People” há uma explicação para tal: “A cor azul está quase sempre associada ao azul do céu, o que quando somos crianças é uma coisa positiva – significa brincar ao ar livre e divertir-se. Depois, significa também que não haverá tempestades e que estará um bom sol para as plantações. É por isso que o azul nos lembra estabilidade e calma”. Interessante, certo?
Continuemos.
Vermelho: paixão, energia, agressão, excitação, ação, desejo, intensidade. É a mais quente de todas. Neste artigo do “G1” da Globo, na rubrica “Hora do Marketing”, vai-se mais longe: “O vermelho é considerado umas das cores mais fortes que existem. Passa a sensação de poder, perigo, amor e paixão. Perceba que sempre que há uma publicidade onde é preciso passar o amor, paixão e sexualidade, é o vermelho que impera”. O vermelho, lembra também a “Science for People” ativa o metabolismo e aumenta a pressão arterial, o que ajuda a explicar a escolha da cor para sinais de proibido e extintores.
O amarelo está muitas vezes associado a felicidade, confiança, entusiasmo, otimismo e juventude. O artigo do “G1” confirma a teoria: “O amarelo é a cor que está ligado diretamente a alegria, felicidade. Já parou para ver um dia de sol, o quanto ele é feliz? É a cor que traz otimismo, que desperta a criatividade e inspira a fazer coisas boas”.
E o verde, em que se traduz? Frescura, segurança e harmonia, mas também está associada a dinheiro e ao semáforo, amigo do verbo “ir”. Mas há também um outro lado no verde, como lembra o “G1”: “O verde é a cor da natureza, das árvores e plantas. E em função disso ele está associado ao crescimento e à renovação”. Mais: “representa a esperança, afasta a depressão, tristeza, é a cor que conforta e estimula”.
O preto pode estar associado a poder, profissionalismo, mistério e a seriedade, pode ser elegante, mas a verdade é que as marcas e empresas normalmente não recorrem muito a esta cor. Como explica a CrazyEgg, apesar de os websites das empresas se encherem mais de branco e cores fortes, o preto pode ser poderoso. “As marcas que usam o preto com bons resultados são marcas de luxo ou sofisticadas, vendidas para um público principalmente masculino – Rolls Royce e Lamborghini”, por exemplo. O que faz, então, o preto pelas vendas? “Se você não está a vender carros de luxo, use o preto com moderação. Mas pode ser uma cor eficaz como elemento, mesmo em um site de cores claras”, sentencia a CrazyEgg.
As pessoas associam o roxo a realeza, luxo e sofisticação também. Mas é também uma cor que está relacionada com magia, refere a “Science for People”. Há outras vias, como nos diz a Conversioner: o roxo está também na mesma página da criatividade, espiritualidade e individualidade.
Finalmente, o branco está virado para a pureza, inocência, simplicidade, elegância, para matérias clean, enquanto o castanho nos fala da natureza, estabilidade e confiabilidade. O laranja está também associado a energia, diversão, otimismo e calor, mas também pode estar ao que é espontâneo.[/vc_column_text][tm_spacer size=”lg:20″][vc_column_text]As cores são um mundo tal como o mundo em que vivemos, complexo, cheio de percepções e sensibilidades diferentes. Terminemos este artigo à boleia de Neil Patel, que segundo “Wall Street Journal” e “Forbes” é um influencer de alto gabarito, um dos gurus do marketing digital.
Fazer alguém comprar algo, já sabemos, é uma arte, é sedução e persuasão. “Embora existam muitos factores que influenciam como e o que os consumidores compram, muito é decidido por pistas visuais, sendo a cor a mais forte e persuasiva”, explica Patel no seu blog. “Ao comercializar novos produtos, é fundamental considerar que os consumidores colocam a aparência visual e a cor acima de outros factores, como som, cheiro e textura.” As cores, explica, aumentam o reconhecimento da marca em 80% e isso está diretamente ligado à confiança do consumidor.
Apesar de sermos todos diferentes e incrivelmente irregulares no que toca à complexidade humana, as cores têm impacto em toda a gente. No fundo, a teoria das cores ajuda a prever como as pessoas vão responder a diferentes mensagens publicitárias. As sensações transmitidas, que não sejam em excesso e discordantes com produto ou valores da empresa, podem contribuir para as vendas.
Resumindo e embrulhando tudo nas palavras de Neil Patel, fechamos assim: “Quando falamos de persuasão, a emoção é o principal alvo. E nada, nem mesmo palavras ou imagens, é mais apelativo para as emoções das pessoas do que as cores para criar uma experiência positiva ou negativa”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]